quinta-feira, 30 de agosto de 2007

crianças de 4 a 5 anos

(ADAPTAÇÃO) UM NOVO AMBIENTEA daptação é o esforço que a criança realiza para ficar bem no espaço coletivo, onde relações, regras e limites são diferentes daqueles que ela conhece em casa. No contexto escolar, não basta a iniciativa dela para se ajustar à nova situação. Acolher, aconchegar e procurar o bem-estar e o conforto físico e emocional são responsabilidades dos educadores. Para turmas a partir dos 4 anos, é importante explicar como será o dia, deixando que se adaptem, no seu ritmo, à rotina. Outra boa estratégia é incluir os pais na programação dos primeiros dias de aula e estabelecer uma parceria com eles.JACIARA DE SÁCONSULTORIA: CISELE ORTIZ, DO INSTITUTO AVISA LÁ, EM SÃO PAULOSALADA DE FRUTAS IGUAL A DE CASAIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> Cerca de uma hora.ESPAÇO> Refeitório.MATERIAL> Frutas que as crianças trazem de casa, uma vasilha grande, facas sem fio ou de plástico e pratos suficientes para todas as crianças.OBJETIVO> Integrar-se ao grupo. Após as crianças lavarem as mãos, reúna todas em torno de uma mesa grande. Entregue a cada uma um pratinho e uma faquinha para que possam picar as frutas que trouxeram de casa – e que você já descascou. Os pedaços de frutas devem ser despejados em uma vasilha grande deixada no centro da mesa e misturados. A salada de frutas será servida às crianças logo após o preparo, na hora do lanche. A atividade, se realizada com freqüência, contribui para que os pequenos desenvolvam a continuidade temporal e, assim, saibam que, depois do preparo, vem o lanche e que logo se aproxima o momento em que alguém da família vai buscá-los, transmitindo-lhe mais tranqüilidade.

CUIDADOS COM OS PEIXINHOSIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> Variável.ESPAÇO> Sala de atividades.MATERIAL> Aquário, peixes e ração.OBJETIVOS> Manter os peixes vivos; cuidar deles; demonstrar sentimentos; e aprender a lidar com a perda, quando os peixes morrem.Leve os peixes e os outros materiais à escola e monte o aquário junto com as crianças para que elas se sintam responsáveis por ele.Os peixes pertencem a todas as crianças, sem distinção. Elas devem ajudar você a cuidar do aquário, limpando-o e dando de comer aos peixinhos. Se algum deles morrer, você deve lidar com a situação de maneira realista, explicando que o peixe morreu e que a turma deve enterrá-lo num jardim ou em um vaso de planta após se despedirem dele. Se todos os peixes morrerem, a turma decide se terá um novo aquário.DESENHO LIVRE PARA COMEÇARIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> 30 minutos.ESPAÇO> Sala de atividades.MATERIAL> Canetas hidrocor e folhas de papel branco de tamanhos variados.OBJETIVOS> Desenhar e ter contato com o material usado na atividade.As crianças sentam-se em mesas coletivas (com até quatro lugares) e fazem desenhos individuais e livres com os materiais à disposição. Observe não apenas o que o desenho expressa mas também se há alguém que não esteja acostumado a realizar esse tipo de atividade e auxilie-o a utilizar os novos materiais. ESTA É A MINHA ESCOLAIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> 15 minutos.ESPAÇO> Entrada ou próximo à sala de atividades.OBJETIVO> Conhecer a rotina da escola. Quando a criança está indo à escola pela primeira vez, tenha uma conversa com ela e com o responsável que a acompanha. Lembre-se de que essa é uma situação nova para ambos e, por isso, é preciso acolhê-los. Primeiro se apresente. Depois, conte a eles o que vai acontecer, qual é a proposta da escola e a programação do dia (foto na pág. ao lado). Assim, a criança fica sabendo após qual atividade é hora de reencontrar a família.

(ARTES VISUAIS) QUE TALENTONa pré-escola, as crianças já representam o mundo simbolicamente. Com a criação artística e em contato com a arte, desenvolve-se o domínio dessa nova linguagem. Por isso, é preciso propor atividades que estimulem a criação individual e coletiva, a exploração de novos materiais e a reflexão acerca dos conteúdos artísticos de autoria de cada um, assim como os produzidos pelos colegas ou artistas consagrados.SUZEL TUNESCONSULTORIA: FERNANDA NEDOPETALSKI, DA ESCOLA QUINTAL, EM SÃO PAULO; FRANCINÉIA SOARES, VENCEDORA DO VI PRÊMIO ARTE NA ESCOLA CIDADÃ, DE BRASÍLIA; E ROSA IAVELBERG, DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, EM SÃO PAULOPINTURA NO AZULEJOIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> De 15 a 30 minutos.ESPAÇO> Onde houver uma parede de azulejos.MATERIAL> Tinta guache e pincéis.OBJETIVOS> Expressar-se de maneira artística em um suporte diferente; valorizar a produção, expondo o produto final; e respeitar a criação dos colegas. Convide as crianças a desenhar sobre uma parede de azulejos (foto acima). A atividade é coletiva, mas cada um é livre para fazer seu desenho, desde que respeite o espaço e a produção do outro. Deixe em exposição por um período, após o qual pode ser limpo para dar lugar a uma nova criação.

PANORAMA CULTURALIDADE> 5 anos.TEMPO> Variável.ESPAÇO> Sala de atividades, pátio, museus e galerias de arte.MATERIAL> Folhas de papel branco, tinta guache, giz de cera, lápis de cor, canetas hidrocor, tela para pintura, tintas diversas, carvão, giz pastel, tecidos e tábuas.OBJETIVOS> Ampliar o repertório artístico e cultural com a observação e identificação de diversas obras de arte; e estimular a expressão artística por meio de diversas técnicas, estilos e materiais.Apresente à turma histórias de artistas e réplicas de obras de arte. Se possível, convide um artista da cidade a visitar a escola, para que ele mostre seus trabalhos e compartilhe sua produção artística com a turma. Idas a museus e exposições de artes podem ser incluídas no projeto. Depois de analisada a obra dos diferentes artistas, as crianças produzem os próprios trabalhos – que não devem ser cópias das obras estudadas. Todas as criações ficam em exposição na escola. Trabalhe com este projeto duas vezes por semana. Ele pode durar até três meses.A MUITAS MÃOSIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> Cinco minutos por criança.ESPAÇO> Sala de atividades.MATERIAL> Papel, lápis, lápis de cor, giz de cera e canetas hidrocor.OBJETIVOS> Estimular a criatividade e trabalhar em equipe.Dê a partida para o processo de criação fazendo uma pequena intervenção no papel: um desenho pela metade, alguns traços, a colagem de um recorte de revista ou um simples barbante. Depois, o papel vai passando de mão em mão, para que seja continuado num tempo determinado (cerca de cinco minutos). Para que a turma não se disperse, vários desenhos podem ser iniciados ao mesmo tempo. Ao final da atividade, é interessante propor uma conversa sobre o resultado.


MÓBILES E MAQUETESIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> Variável.ESPAÇO> Sala de atividades.MATERIAL> Diversos tipos de tinta, pincéis e suportes, sucata (jornais, papelão, barbantes, garrafas PET etc.), argila, cola, fita adesiva etc.OBJETIVOS> Desenvolver diferentes formas de expressão e habilidades artísticas; fazer representações bidimensionais e tridimensionais; e integrar a expressão artística a outras áreas do conhecimento.Escolha um tema de interesse das crianças, que já esteja sendo estudado, para ser desenvolvido também de forma artística. Eleja dois dias da semana para trabalhar este projeto. Se a turma está aprendendo sobre astronomia, por exemplo, monte um Sistema Solar na forma de móbile, com bolas de isopor pintadas. Antes, porém, leve um globo terrestre para a sala de aula e apresente à garotada.Aproveite para mostrar as posições em que ficam a Lua, o Sol e os outros planetas do Sistema Solar. Conte às crianças sobre a viagem do homem à Lua. Para isso, leve vídeos, fotos e ilustrações sobre o assunto. É possível também programar uma visita com os alunos ao planetário de sua cidade. Uma outra opção é aproveitar as aulas sobre o meio ambiente para a garotada construir uma maquete.

(AUTONOMIA) SEGUROS DE SIA autonomia nada mais é do que a capacidade da criança de experimentar sozinha. Para seu desenvolvimento, é fundamental acreditar que todos têm, desde pequenos, condições de tomar decisões e fazer escolhas.Essa convicção proporciona um ambiente que dá oportunidades à garotada. O fato de elas sentirem que as pessoas ao seu redor acreditam em suas idéias favorece o desenvolvimento saudável de uma identidade pessoal, de uma auto-imagem positiva e do processo de socialização. Não há uma atividade específica que promova a autonomia, mas todas as ações e relações na comunidade escolar precisam ser permeadas de um princípio de confiança.CONSULTORIA: BEATRIZ FERRAZ, DA ESCOLA DE EDUCADORES, EM SÃO PAULO


VAMOS AO ZOOLÓGICOIDADE> 5 anos.TEMPO> Variável.ESPAÇO> Sala de atividades e demais espaços.MATERIAL> Livros, revistas e outras fontes de informação sobre os animais do zoológico, isopor, cola, papelão, barbante, pedaços de madeira, bichos (podem ser de plástico, de massinha ou de papel machê), fita adesiva colorida, pedaços de madeira, arame, jornal, diferentes tipos de papéis e canetas hidrocor.OBJETIVO> Exercer a possibilidade de escolha e de tomar decisões. Pergunte à turma quem já foi ao zoológico (se não houver um em sua cidade, você pode substituí-lo por outro local, como um sítio, onde são plantadas as frutas vendidas na feira). Converse com as crianças sobre o que se pode ver e aprender num lugar como esse, com o apoio de livros, revistas, fotos etc. Proponha uma visita ao zoológico (ou a outro espaço escolhido). Faça com a turma um roteiro de coisas interessantes para ser observadas. Durante a visita, permita que todos fiquem livres para comentar e desenhar tudo o que despertar interesse. Voltando da visita, converse sobre o que foi visto, o que chamou a atenção, aquilo de que mais gostaram e não gostaram. Sugira a montagem de uma maquete. Pergunte aos pequenos como eles acham que poderiam fazê-la. Deixe que se organizem em pequenos grupos para colocar em prática suas idéias. Ajude-os a tornar possíveis suas propostas e sugestões. Organize o tempo para que as equipes se encontrem periodicamente, realizem suas tarefas e pensem sobre novas possibilidades. Ofereça os materiais necessários e auxilie a turma a buscar os que não estão acessíveis. Promova rodas de conversas entre todos para que troquem experiências, compartilhem idéias e pensem no produto coletivo comum, que é a maquete. Por fim, pense com sua turma quem deve ser convidado para conhecer o trabalho e como será feito esse convite. Este trabalho pode durar até três meses.


CADA COISA NO SEU LUGARIDADE>4 anos.TEMPO>Uma hora.ESPAÇO>Sala de atividades.MATERIAL>Canetas hidrocor, etiquetas e caixas de organização de materiais.OBJETIVO> Compartilhar a responsabilidade pela organização dos materiais da sala, com autonomia para usá-los e guardá-los.Esta proposta pode durar um mês. Sente em roda com a turma e proponha a todos organizar os materiais, conversando sobre o modo como eles se encontram agora. Fale sobre a necessidade de um critério para dispor os objetos de uso cotidiano e deixe as crianças falarem livremente. Registre as sugestões. Em outro momento, retome os critérios anotados e peça às crianças que escolham os que vão utilizar para a atividade. Faça uma lista dos nomes usados para cada tipo de material a ser organizado. Por exemplo: casinha (para os objetos usados nesse tipo de brincadeira); leitura (para os livros que ficam na sala); pintura (para tintas e pincéis). Você pode também promover oficinas para preparar as caixas onde vão ficar os materiais. As crianças pintam, fazem uma colagem, encapam com jornal e colam para que fiquem mais resistentes. Prontas as caixas e agrupados os materiais, organize a turma em pequenos grupos para guardar os objetos e escolher o lugar em que ficará cada caixa (foto na pág. ao lado). Em uma nova etapa, sugira à garotada que escreva nas etiquetas os nomes dos materiais e cole na caixa e/ou no espaço onde ela ficará. Reforce a idéia de que, assim, todos vão pegar e guardar os materiais sem necessitar tanto de sua ajuda. Lembre que é importante manter a ordem dos materiais.Dessa forma, as crianças constroem valores como cooperação, responsabilidade coletiva e confiança em si mesmas e nos outros.



(CANTOS) PARA TODOS OS GOSTOSA organização da sala de aula em cantos diversificados possibilita à garotada escolher o que vai fazer entre várias opções oferecidas. Essa oportunidade contribui para a autonomia da criança – já que suaescolha não depende da intervenção direta do professor – e permite a ela observar as próprias dificuldades e seus gostos e interesses. A atividade nos cantos pode ser promovida no início da aula – para integrar a turma – ou no final do dia, com foco maior na descontração. Todas as sugestões a seguir podem ser realizadas simultaneamente.CONSULTORIA: MARIA VIRGÍNIA GASTALDI, DO INSTITUTO AVISA LÁ, EM SÃO PAULOFAZ DE CONTA QUEIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> De 30 minutos a uma hora.ESPAÇO> Sala de atividades ou locais próximos,onde você possa observar todas as crianças e auxiliá-las quando necessário.MATERIAL> Brinquedos ou objetos que possam simbolizar ambientes como escritório, consultório médico, salão de beleza, sorveteria etc. Exemplos: caixa de papelão, agenda, gravata, maleta, caixinha de remédio, algodão, chapa de raio X, touca de banho, pente, escova, espelho etc.OBJETIVOS> Estimular a imaginação; ampliar a compreensão dos diferentes papéis; construir regras com outros jogadores; aprender a brincar de maneiras diversas com os mesmos materiais; e divertir-se. PREPARAÇÃO> O primeiro passo é levantar os temas de interesse das crianças para orientar a criação das caixas temáticas. Organize os cantos com os materiais, sugerindo variados ambientes.As crianças brincam de faz-de-conta utilizando o material disponível. O espaço pode ser alterado de acordo com a vontade delas. É fundamental sempre proporcionar à turma novos desafios,com a oferta de mais objetos para alterar o ambiente. Faça intervenções durante a brincadeira somente se você for solicitado pelas crianças.


ESPAÇOS PARA CRIARIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> 30 minutos.ESPAÇO> Sala de atividades ou locais próximos, onde você consiga observar todas as crianças e atendê-las quando necessário.MATERIAL> Kits de acordo com a atividade a ser desenvolvida. Colagem: tesoura sem ponta, cola, papel e fita crepe. Desenho: papel, giz de cera, lápis de cor e canetas hidrocor. Pintura: pincel, tinta e papel. Escultura: massa de modelar e argila. Você pode criar, ainda, uma caixa só com modelos, como imagens de obras de arte e fotos de animais ou de flores, por exemplo, para servir de referência.OBJETIVOS> Despertar a criatividade; incentivar a expressão de idéias de forma plástica; ampliar os conhecimentos sobre as próprias crianças e o mundo; e proporcionar experiências em diferentes linguagens e com materiais diversos.Apresente os materiais, separando aqueles que a turma já conhece dos demais, que são novidade.É recomendável explicar os cuidados necessários ao utilizar, por exemplo, as canetas hidrocor (não forçar a ponta e tampá-las após o uso), os lápis (precisam ser apontados), a cola (deve ser tampada após o uso) etc. Definido o tema, cada criança inicia seu trabalho. Terminada a atividade, exponha as obras em diferentes espaços da escola, valorizando a produção de cada um e permitindo a apreciação coletiva. Outra opção é oferecer uma pasta ou uma caixa de papelão para as crianças guardarem seus trabalhos em classe.


QUEM QUER JOGARIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> De 20 minutos a uma hora.ESPAÇO> Sala de atividades, pátio ou parque.MATERIAL> Jogo da memória, dama, pega-vareta, futebol de botão, bolinha de gude, bingo etc.OBJETIVOS> Compartilhar experiências e dúvidas; reforçar o relacionamento pessoal; e habituar-se a cumprir regras. Para apresentar o jogo à classe toda, há vários caminhos, como começar pelo objetivo e as formas possíveis de atingi-lo; perguntar às crianças como imaginam que ele é, pela observação das peças; ou jogar uma partida com um convidado para que todos assistam.Se optar pela explicação em pequenos grupos, convide um adulto ou uma criança mais velha para ensinar as regras aos novos participantes. Feita a apresentação, dê tempo à turma para jogar e aprender a estratégia. Quando uma criança passa a jogar bem, pode ser convidada a compartilhar suas habilidades com todos.


(DIVERSIDADE) VIVA A DIFERENÇAAceitar o outro como ele é precisa ser um tema constante no cotidiano infantil, principalmente por ocorrer numa fase de construção da identidade. Na escola, isso se reflete em atividades que abordam as diferenças de habilidade, conhecimento, gênero, etnia, credo religioso e tipo físico. É fundamental que as práticas dos professores sejam adequadas em relação à aceitação da diversidade. Situações mal resolvidas podem causar baixa de auto-estima, internalização de preconceitos e rejeição da própria identidade, entre outros problemas.HELENA FRUETBAIXOS E ALTOS, GORDOS E MAGROSIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> De 30 a 40 minutos.ESPAÇO> Sala de atividades.MATERIAL> Imagens de personalidades de diferentes tipos físicos recortadas de jornais e revistas.OBJETIVOS> Desfazer preconceitos; ganhar auto-estima; e aceitar a diversidade física. Na hora em que as crianças forem medidas e pesadas para acompanhar o crescimento, aproveite para conversar sobre as diferenças físicas e o respeito a todos. Isso inclui não usar apelidos maldosos, por exemplo.Caso a medição não seja feita pela escola, faça esse procedimento para dar início a esta atividade. Imagens de personalidades bem-sucedidas em diversas áreas podem ser usadas para mostrar que não existe tipo físico perfeito ou melhor que o outro. Um exemplo: Clodoaldo Silva (nadador, vítima de paralisia cerebral, que conquistou seis medalhas de ouro nos Jogos Paraolímpiadas.


BONECAS DE TODAS AS RAÇASIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> De 30 a 40 minutos.ESPAÇO> Sala de atividades, pátio ou jardim.MATERIAL> Tecido de algodão nas cores preta, marrom e branca, manta acrílica, linha, agulha, canetas para tecido, retalhos de tecidos estampados, lã colorida, cola e tesoura.OBJETIVO> Aceitar as diferentes etnias confeccionando bonecas de pano (negras, índias, brancas e orientais).Diga aos alunos que eles vão se retratar e, por isso, devem escolher as cores dos tecidos de algodão (preto, marrom e branco) de acordo com sua cor de pele. Para a realização dessa atividade, é necessáriaa ajuda dos adultos. Além da escola, envolva os pais e a comunidade. As crianças levam para casa os pedaços de pano para ser recortados e costurados (pelos adultos) em forma de bonecas, deixando uma abertura. Para facilitar o trabalho, envie junto com o material um molde de papel. Em sala de aula, as crianças enchem as bonecas com manta acrílica. Depois, elas desenham os rostos com caneta para tecido, além de vesti-las e de enfeitá-las como quiserem. Tufos de lã podem virar cabelos e retalhos de tecido se transformam em roupas.


ESTA É A MINHA FAMÍLIA IDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> De 20 a 40 minutos.ESPAÇO> Sala de atividades.MATERIAL> Cartolina, cola, tesoura e fotos dos parentes.OBJETIVO> Perceber a mistura de raças existente no Brasil e que a maioria das crianças é fruto dessa mistura.Comece a atividade pedindo que as crianças perguntem aos pais de onde eles e os avós vieram e qual a nacionalidade dos antepassados. Na aula seguinte, proponha uma conversa sobre o assunto,com cada um contando como são seus pais e avós. Caso as crianças não conheçam algum de seus familiares, não há problema. Elas devem falar sobre aqueles com quem têm contato. É importante que você se certifique dos casos mais delicados, pois pode ser que alguma família não queira tocar no assunto. Consulte os responsáveis antes para saber como abordar o tema. Depois, peça às crianças para trazer fotos dos avós, dos pais e de si mesmas. Com sua ajuda, elas colam as fotografias em uma cartolina na forma de uma árvore genealógica. Para quem não tem foto, proponha um desenho representando essas pessoas.Depois, os trabalhos vão para uma exposição.


(GÊNERO) SEM ESSA DE “NÃO PODE”A transmissão de valores de igualdade e respeito entre as pessoas de sexos diferentes é uma das responsabilidades do educador. É preciso estar atento para combater os padrões estereotipados dos papéis do homem e da mulher. Ao repetir um clichê como “menino não chora”, difundem-se valores equivocados e preconceituosos.HELENA FRUETCONSULTORIA: ANA CRISTINA CANOSA, DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDOS EM SEXUALIDADE HUMANA, EM SÃO PAULO; ANA LÚCIA DE FARIA, DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, EM CAMPINAS (SP); CLÁUDIA DUARTE, CLÉLIA CORTEZ E DANIELA TEPERMAM, DA CRECHE/PRÉ-ESCOLA CENTRAL DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, EM SÃO PAULO; CRISTIANE CRUZ, PSICOMOTRICISTA, DE SÃO PAULO; ESMÉRIA FREITAS E MARCOS RIBEIRO, DA ORGANIZAÇÃO NÃO-GOVERNAMENTAL CORES, NO RIO DE JANEIRO; SANDRA UNBEHAUM, DA FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS, EM SÃO PAULO; E YARA SAYÃO, DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, EM SÃO PAULOFUTEBOL MISTOIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> De 30 a 40 minutos.ESPAÇO> Gramado, ginásio ou quadra.MATERIAL> Bola de futebol.OBJETIVO> Perceber que não procede, nessa idade, a idéia de que há esportes que só podem ser praticados por um dos sexos.Na idade pré-escolar, ainda não há uma diferença muito grande de aptidões físicas entre meninos e meninas. Ambos podem realizar as mesmas atividades esportivas sem muita desigualdade no rendimento. Um jogo de futebol com times mistos, montados pelo professor, é uma forma de integrá-los e fazê-los ver que todos podem jogar juntos. Divida a turma em equipes heterogêneas e inicie o jogo.

GENTE DE TODOS PERFILIDADE> 5 anos.TEMPO> 30 minutos.ESPAÇO> Sala de atividades.MATERIAL> Imagens de jornais, revistas e livros de pessoas de outras culturas.OBJETIVO> Perceber que em outras culturasos costumes são diferentes, inclusive nos hábitos de vestir. Essa é uma boa oportunidade para fazer as crianças pensarem nos estereótipos físicos de cada sexo. Estimule o debate sobre a vaidade masculina tendo como base imagens de homens usando saia, como os escoceses, ou brincos e colares, como os índios brasileiros.VOCÊ TEM MEDO DE QUE?IDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> De 30 a 45 minutos.ESPAÇO> Sala de atividades.MATERIAL> Uma história infantil que fale sobre medo e imagens de coisas que dão medo desenhadas ou recortadas de revistas e jornais. OBJETIVO> Perceber que sentir medo é normal.Os meninos geralmente são educados para não temerem nada. Durante esta atividade, você pode derrubar o estereótipo. Converse com a turma sobre medo. Uma historinha infantil na qual o tema esteja presente, como Os Três Porquinhos, pode ser o gancho para o início do debate. Divida as crianças em grupos só de meninos e só de meninas e peça que discutam o assunto. Depois, abra uma roda para que as crianças falem sobre as coisas que as fazem sentir medo. Se os meninos não se mostrarem à vontade para falar do assunto, diga que é natural ou comum sentir medo de certas coisas e que não há mal nisso. Exemplifique com imagens de um cachorro bravo, de ratos, do escuro e de ladrão.


O PAPEL DE CADA UMIDADE> 5 anos.TEMPO> De 45 minutos a uma hora.ESPAÇO> Sala de atividades.MATERIAL> Roupas de adulto masculinas e femininas.OBJETIVO> Identificar as funções sociais de homens e mulheres.Comece um bate-papo com as crianças sobre o que os pais fazem (profissão, lazer, trabalhos domésticos etc.). Proponha, então, uma brincadeira de faz-de-conta deixando que as crianças escolham seus papéis e se caracterizem com roupas de adulto. Observe como elas exploram os papéis masculinos e femininos. Depois, converse com elas fazendo perguntas como: “Quem na sua casa trabalha mais?”, “De quem é a obrigação do trabalho de casa e o de ganhar dinheiro?”, “O que eu posso fazer em casa para ajudar?”, “Menino pode fazer as mesmas coisas que menina?” Nessa proposta, o importante não é ensinar ou mudar o brincar das crianças em relação às questões de gênero, mas conversar sobre o assunto ampliando o olhar delas sobre o tema.


(INTERAÇÃO) EU E O MUNDOInteragir é relacionar-se com o espaço, os objetos e as pessoas ao redor. Dessa maneira é que se dá a construção do conhecimento. Ao educador cabe oferecer possibilidades para que a criança experimente o espaço, explore os objetos e se relacione com as pessoas. A partir dos 4 anos, há um salto qualitativo no nível de interação, porque a linguagem oral está mais desenvolvida e, assim, ospequenos expressam melhor seus desejos, sentimentos e idéias. Os conflitos também fazem parte da interação e são importantes para o desenvolvimento. JACIARA DE SÁCONSULTORIA: REGINA ANDRADE CLARA, DO COLÉGIO SANTA CRUZ, EM SÃO PAULOPERCURSOS DE AVENTURASIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> 30 minutos.ESPAÇO> Pátio.MATERIAL> Bambolês, colchões, mesas, bancos, cordas etc.OBJETIVOS> Conhecer diferentes possibilidades de transitar pelo espaço e interagir com os objetos.PREPARAÇÃO> Em um local amplo, prepare um caminho com os objetos sugeridos ou variações em forma de um circuito fechado.Leve as crianças ao circuito e peça que formem uma fila no ponto de partida. Oriente como o circuito deve ser percorrido. Se ele começa com cinco bambolês enfileirados, peça às crianças que pulem com um pé só dentro de cada bambolê. Se o “obstáculo” seguinte for um banco comprido, você pode dizer a elas para subirem e andarem de lado sobre o banco. Após as orientações, a brincadeira começa: as crianças, em fila, fazem o percurso. Quando todos tiverem percorrido o caminho, peça que o primeiro da fila invente um novo jeito de percorrê-lo, sendo imitado pelos demais. Se a turma for pequena, todos se revezam nesse papel. Senão, é possível sortear alguns para aquele dia.


ADIVINHE O QUE É?IDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> 20 minutos.ESPAÇO> Sala de atividades.MATERIAL> Uma caixa grande e objetos variados.OBJETIVO> Ampliar o conhecimento das características dos objetos.PREPARAÇÃO> Com as crianças, enfeite uma caixa grande (maior do que a de sapatos), que será usada para esconder um objeto por vez. Você e sua turma podem pintar a caixa, colar figuras, encapar etc.Com a caixa pronta, escolha um dia na semana para realizar a atividade, que pode ser semanal durante todo o ano letivo. No primeiro dia, reúna as crianças no chão, em roda, e segure a caixa fechada com o objeto que você escolheu para elas adivinharem. Exemplo: uma panela. Comece a dar pistas para que as crianças construam a noção do que é o objeto: fica na cozinha, existe de vários tamanhos, tem cabo, a base é redonda, é feita de alumínio etc. Quando alguém descobrir, abra a caixa e mostre o objeto, pedindo que todos confiram as dicas dadas. Em seguida, sorteie uma criança para levar a caixa para casa e trazê-la com um objeto na próxima semana. Peça a ela que pense em boas dicas e converse sobre essas pistas antes de iniciar a atividade

CAÇA AO TESOUROIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> De 30 a 40 minutos.ESPAÇO> Pátio.MATERIAL> Um tesouro, papel e caneta.OBJETIVO> Interagir com um local já conhecido.PREPARAÇÃO> Escolha um objeto para ser o tesouro, como um livro de histórias que as crianças ainda não conheçam. Esconda o tesouro em algum ponto do pátio e elabore as pistas. Para criá-las, escolha antes os locais em que serão espalhadas, ou seja, qual será a rota que os pequenos deverão percorrer.Leve as crianças até o pátio e leia as pistas. A primeira pode ser: “Vá até a árvore mais alta deste lugar”. Ao chegar lá, deve haver outra dica, como: “Sua próxima pista está no lugar preferido pelos goleiros de futebol”, e assim por diante. As pistas proporcionam à criança a chance de interagir com o espaço já conhecido de uma nova maneira. Assim que for encontrado, o tesouro deve ser compartilhado. Se for o livro de histórias, a atividade termina com a leitura dele.


(LINGUAGEM ORAL) HORA DO BATE PAPOA fala é o principal instrumento de comunicação das crianças com os professores e seus colegas. Porém, é recente a tendência de torná-la um conteúdo na Educação Infantil. Hoje se sabe que todos precisam saber se expressar e usar a linguagem em variadas situações comunicativas: conversas, entrevistas, seminários, ao telefone, entre tantas outras. Para desenvolver a comunicação oral desde cedo, é importante diversificar os assuntos tratados em sala de aula. O grupo pode discutir sobre uma reportagem, um fato recente ou até sobre um texto científico. Trazer outras pessoas para bater papo também ajuda. Uma advertência: quando planejar, avalie se a situação reproduz o que acontece na sociedade. Fazer um rodízio para que todos falem em uma roda de conversa, por exemplo, é uma coisa que não existe no mundo adulto.CRISTIANE MARANGONCONSULTORIA: MARIA VIRGÍNIA GASTALDI, DO INSTITUTO AVISA LÁ, EM SÃO PAULO; SILVANA AUGUSTO, DO INSTITUTO SUPERIOR DE ENSINO VERA CRUZ, EM SÃO PAULO; E ROSEMEIRE BRAIT, DA ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL INÊS DOS RAMOS, EM SÃO CAETANO DO SUL (SP)CADERNO DE RECORDAÇÕESIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> De 30 a 40 minutos.ESPAÇO> Sala de atividades.MATERIAL> Fotos ou objetos relacionados aos relatos e uma caixa para guardá-los, caderno ou gravador.OBJETIVOS> Contar de forma cada vez mais organizada as próprias experiências e despertar o interesse em ouvir os colegas.As crianças vão falar de suas experiências pessoais, como os passeios de férias, os encontros com familiares, as brincadeiras com animais de estimação e acontecimentos marcantes. Organize aturma sentada em roda e explique como será a atividade. Deixe à disposição dos pequenos materiais que ajudem a organizar as lembranças e tragam mais detalhes das experiências. Defina com a turma quantos dias da semana serão utilizados para o trabalho. Providencie um caderno ou um gravador para que as crianças possam rever seus relatos, fazer acréscimos ou reorganizá-los.

TODOS SÃO AUTORESIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> De 10 a 15 minutos.ESPAÇO> Sala de atividades ou biblioteca.MATERIAL> Livros, fantasias e fantoches.OBJETIVOS> Desenvolver a criatividade; o respeito pela fala do outro; e o discurso narrativo. Organize as crianças sentadas em roda e comece contando uma história que elas conheçam bem. Pode ser um conto ou uma fábula. Repentinamente, pare e peça a elas que continuem, sendo fiéis ao texto ou inventando. Deixe-as contar até um determinado trecho e retome lendo a história original. É possível também inverter a ordem pedindo que os pequenos contem ou criem o início. Deixe fantoches e fantasias à disposição para a atividade ficar mais interessante.


O PRIMEIRO SEMINÁRIOIDADE> 5 anos. TEMPO> Variável. ESPAÇO> Sala de atividades. MATERIAL> Livros, filmes, informativos, TV, filmadora, fita de vídeo, cartolina, canetas ou lápis, lápis de cor ou canetas hidrocor. OBJETIVOS> Interação entre apresentadores e platéia; aprender procedimentos de pesquisa, como seleção de informações e síntese; elaborar roteiros; e organizar uma apresentação oral para informar o novo conhecimento para outras turmas.Escolha um assunto de interesse da turma ou apresente vários para que a garotada eleja um. Separe materiais como livros, filmes e artigos de imprensa e reserve alguns dias para os alunos pesquisarem. Mostre o texto para aqueles que ainda não sabem ler convencionalmente, leia para eles ou peça aos que já são leitores que façam esse papel. Fotos e ilustrações também são de grande ajuda. Depois, prepare uma situação na qual os pequenos conversem com pessoas mais experientes. Os adultos não precisam ter uma relação direta com o assunto que está sendo estudado, pois o foco, nesse momento, é apenas desenvolver a comunicação. Reúna todos em uma roda e converse sobre a experiência vivida. Planeje com as crianças a apresentação oral do que foi estudado e elabore um cronograma de trabalho – que inclui a preparação de roteiros e ilustrações para apoiar essa comunicação verbal. Enquanto uns expõem, os demais pensam em perguntas para fazer.Organize momentos de avaliação com a sala toda. Essa estratégia é útil para identificar o que está faltando e novas pesquisas podem ser necessárias. Dê mais um tempo para isso e prepare novas rodadasde apresentação, dessa vez gravadas em vídeo. Reúna a classe e pergunte se alguém percebeu algum problema nas filmagens e o que se pode fazer para melhorar.
Na hora do desfecho, pergunte à turma: “Onde será a apresentação?”, “Como será a disposição dos apresentadores para que todos possam vê-los e ouvi-los?”, “Onde ficarão os ouvintes?”, “Haverá textos e ilustrações de apoio?” Por fim, elabore coletivamente os cartazes e convites para o evento e marque a data. Este projeto dura até quatro meses.



MEU DIÁRIOIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> De cinco a dez minutos por dia.ESPAÇO> Sala de atividades.MATERIAL> Caderno, caneta ou lápis, cola ou fita adesiva, fotos e objetos relacionados às experiências diárias. OBJETIVOS> Elaborar relatos e construir um diário com escritos, fotos e outros objetos.Ao fim de cada dia, reúna as crianças para falar sobre as coisas mais marcantes que cada uma viveu na escola.Anote as falas em um caderno e cole lembranças que apóiem esses relatos, como fotografias, embalagem de algum lanche que foi dividido entre os colegas ou um desenho feito em grupo. Depois das duas primeiras semanas, as crianças podem levar o diário para casa, uma por vez, para contar à família as aventuras do dia-a-dia na escola. Esta atividade pode se estender pelo ano todo.


CONTADORES DE HISTÓRIASIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> De 20 a 40 minutos por dia.ESPAÇO> Sala de atividades.MATERIAL> Livros ou histórias memorizadas, tapete, almofadas, gravador e fitas cassete.OBJETIVOS> Recontar histórias; gravar uma fita cassete com as narrativas favoritas do grupo para presentear as turmas de crianças menores; conhecer e apreciar textos literários; e falar das preferênciase dos sentidos do texto.O primeiro passo é selecionar as histórias que você vai ler ou contar para sua turma. Elas devem despertar ou manter nos ouvintes o interesse e o prazer em escuta-las. Na hora da leitura, organize a turmade maneira que todos possam escutá-lo e enxergar as ilustrações, se houver. Apresente o texto em forma de breve resumo e explique as razões de sua escolha. Leia ou conte em voz alta e destaque o que achar interessante. Garanta um tempo para conversar livremente sobre o texto ou até mesmo para relê-lo. Faça isso com várias histórias. Depois que as crianças já conhecerem um bom repertório de memória, reúna-as em uma roda e peça a um voluntário da própria turma que conte uma história para os colegas. Grave a narração e avalie com todos: “É possível escutar?”, “Precisa de fundo musical?”, “Tem muito ruído?” Caso precise de um ambiente mais silencioso, por exemplo, providencie uma sala com uma acústica melhor. Considerando todas as colocações, ensaie com os pequenos e grave todas as histórias em uma fita. Compare o resultado inicial com o final e discuta. Está pronto um presente para uma outra turma da escola. Planeje uma data para a turma entregá-lo.RODAS DE CONVERSAIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> De 15 a 40 minutos por dia.ESPAÇO> Sala de atividades.MATERIAL> Tapete, almofadas e material sobre o tema a ser tratado. Se for uma notícia, por exemplo, é preciso um jornal ou uma revista. OBJETIVO> Falar e ouvir sobre sentimentos, emoções, curiosidades e descobertas.
Esta atividade deve ser promovida diariamente, de preferência antes de todas as outras. Sentadas em círculo num lugar aconchegante, as crianças falam de si, expressam sentimentos, opiniões e pontos de vista.Em contrapartida, elas aprendem a ouvir os outros. Planeje a rotina coletivamente com a turma, que decide a seqüência de ações e a dinâmica do grupo. É um bom momento também para resolverconflitos e para tratar de assuntos de interesse comum, como uma notícia que está na mídia. É importante que a roda de conversa aborde o que realmente acontece entre as crianças, afinal ela é um retrato de suas relações sociais.SESSÃO DE TEATROIDADE> 5 anos.TEMPO> De 30 a 40 minutos.ESPAÇO> Sala de atividades e pátio.MATERIAL> Fantasias, maquiagem e adereços.OBJETIVOS> Desenvolver a expressão corporal; desinibir; e interagir com os colegas.Para esta atividade, as crianças precisam já ter ouvido muitas histórias e saber de cor as falas dos personagens. Escolha algumas bem conhecidas e oriente a turma para se dividir em grupos, de acordo com as histórias que cada uma deseja encenar. As próprias crianças se encarregam de dividir os papéis, pois, com essa idade, já têm autonomia para isso. Durante um tempo, você vai enfatizar a fala e a entonação de cada personagem e outros aspectos importantes em um teatro, como a expressão corporal e a desinibição. Com essa parte resolvida, já é possível pensar no vestuário, nos adereços e no cenário. As crianças ensaiam um pouco a cada dia para se apresentarem no pátio da escola para as outras turmas.




(MATEMATICA) MAIS DO QUE CONTASAs medidas e os números estão presentes desde muito cedo em nossa vida, nos jogos, nas brincadeiras e principalmente nos desafios. Se um garoto ganha duas balas e o outro apenas uma, eles têm a noção de que um está ganhando menos, mesmo que ainda não conheçam os números. As crianças devem ter contato desde muito pequenas com a Matemática, por meio de jogos e brincadeiras para desenvolver o raciocínio e a lógica e incentivar a resolução de problemas da própria vida. Resolver desafios matemáticos torna os pequenos mais confiantes e eles passam a valorizar o próprio esforço, além de perceberem a importância do trabalho em equipe. No entanto, não basta apenas brincar para saber Matemática. O planejamento da atividade e a sua orientação são fundamentais para o sucesso do aprendizado.CRISTIANA FELIPPECONSULTORIA: KÁTIA CRISTINA STOCCO SMOLE, DO MATHEMA FORMAÇÃO E PESQUISA, EM SÃO PAULO; E PRISCILA MONTEIRO, DO CENTRO DE EDUCAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO PARA AÇÃO COMUNITÁRIA, EM SÃO PAULO

LIVRO DE RECORTESIDADE> 5 anos.TEMPO> 45 minutos por dia.ESPAÇO> Sala de atividades.MATERIAL> Livro de recordes, lápis ou caneta, papel e fita métrica.OBJETIVOS> Escrever um livro dos recordes da classe; refletir sobre a organização do sistema de numeração; e comparar medidas. Faça uma pesquisa com as crianças sobre recordes em reportagens ou livros, como o Guinness. Vocês podem pesquisar sobre o maior edifício do mundo, a menor bicicleta etc. No dia seguinte, proponha que elas coletem informações desse tipo na própria escola: qual a classe com maior número de alunos, o maior número de sapato, a criança que tem mais irmãos, quem tem mais cachorros ou gatos em casa etc. Cada uma dessas informações pode compor uma página do livro dos recordes. Outra sugestão é verificar quem é o mais alto da sala e pedir para as crianças anotarem as medidas. Elas usam a fita métrica para aprender como diferenciar medidas próximas, como 130 e 132 centímetros. É importante que elas conheçam esses números. Vale ressaltar que nesta atividade você deve tomar cuidadopara não incentivar situações que possam estimular o preconceito. Exemplo: o mais narigudo, o mais orelhudo, o mais baixinho etc. Numa segunda fase da atividade, pode ser sugerida uma pesquisa como tarefa de casa, na qual as crianças devem descobrir quem é o mais alto da família e quanto mede e depois comparar com as medidas da classe. Em sala, todas as alturas serão representadasem tiras de cartolina colocadas no meio de uma roda para que as crianças possam verificar qual é a maior.

UM LITRO QUANTOS COPOSIDADE> 5 anos.TEMPO> De uma a duas horas.ESPAÇO> Pátio ou quadra de esportes.MATERIAL> Dois copos de tamanhos diferentes, xícara de chá, embalagens de leite e garrafas plásticas vazias para cada grupo de quatro crianças. OBJETIVOS> Explorar estimativas e comparar a capacidade de diferentes recipientes.Com a classe dividida em grupos, proponha problemas que utilizem os diversos recipientes. 1) Quantos copos cabem em 1 litro de leite? Pegue um dos copos e a embalagem de leite vazia. Encha o copo de vidro com água e despeje na embalagem. Veja quantas vezes o procedimento é repetido até que a embalagem esteja cheia. Se você mudar de copo, o que acontece?2) Onde cabe mais leite: em uma xícara de chá ou em um copo? 3) Com 1 litro de leite, podemos encher mais xícaras ou mais copos? 4) Se na sua casa há oito pessoas para o almoço e apenas uma garrafa de refrigerante, todas elas poderão beber um copo cheio dessa bebida? Peça às crianças que façam estimativas e determinem qual a resposta correta, discutindo e registrando os resultados de cada um dos problemas. Outra sugestão é explorar receitas com a turma e planejar uma “tarde dos sucos”. As crianças escolhem os sucos que desejam fazer, planejam quem convidarão para saboreá-los, calculam o número de pessoas e a quantidade de suco que farão, bem como os ingredientes necessários para que todos os convidados se sirvam.


AULA DE CULINÁRIAIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> Uma hora.ESPAÇO> Copa ou refeitório.MATERIAL> Receita escrita em letra bastão maiúscula, ingredientes da receita, utensílios de cozinha e avental. OBJETIVOS> Cozinhar seguindo uma receita como forma de ampliar os conhecimentos sobre medidas e quantidades; e trabalhar com as noções de tempo (de cozimento) e quantidade (dos ingredientes em litros, gramas etc.). PREPARAÇÃO> Pesquise uma receita que inclua diferentes unidades de medida, para que seja possível compará-las, e tire cópias em número suficiente para todas as crianças. Providencie os ingredientes e utensílios necessários.Distribua as receitas para as crianças e peça para todas ajudarem a levar os ingredientes e utensílios para a cozinha. As crianças lêem a receita e seguem os passos descritos. Nesse momento, cada uma tem uma função. Enquanto uma mede, a outra coloca dentro da tigela e outra mistura. Depois, comparam se uma xícara de farinha cabe num copo e verificam quanto significam 500 gramas, por exemplo. Além disso, você pode mostrar que, se o número de pessoas a ser servidas for maior, a quantidade de ingredientes deve ser aumentada – um modo de introduzir conceitos de multiplicação e divisão. Somente você ou outro adulto deve mexer no fogo. No final, a turma ajuda a limpar o local e a lavar os utensílios utilizados.QUEM TEM MAIS TAMPINHASIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> 30 minutos.ESPAÇO> Sala de atividades.MATERIAL> Dado, bandeja de papel (ou tampa de caixa de camisa) contendo 80 tampinhas ou botões e quatro pratinhos de sobremesa - para cada grupo de quatro.OBJETIVOS> Aprender a contar; comparar quantidades; resolver problemas envolvendo adição e subtração; e desenvolver a capacidade de argumentação em grupos.


OBJETIVOS> Aprender a contar; comparar quantidades; resolver problemas envolvendo adição e subtração; e desenvolver a capacidade de argumentação em grupos. Organize as crianças em grupos de quatro e dê a cada uma um pratinho. Uma por vez, elas jogam o dado e pegam da bandeja a quantidade de tampinhas correspondente ao número tirado, colocando em seu prato. Isso é repetido até que as tampinhas da bandeja acabem. Ganha quem tiver o maior número de tampinhas. A cada vez que você trabalhar o jogo com seus alunos, um novo aprendizado será explorado. Proponha que as crianças discutam o que compreenderam do jogo e como fizeram para saber quem ganhou a partida em cada grupo. Em outra vez, você pode pedir um desenho. Outras alternativas sãoelaborar com eles um texto coletivo a respeito das regras do jogo ou explicando o que aprenderam enquanto jogavam. Uma opção na regra é dar a cada jogador o mesmo número de tampinhas, que vãosendo devolvidas à bandeja conforme o número que sai no dado. Ganha quem primeiro esvaziar o prato. Pode-se também usar dois dados e somar os pontos antes de retirar as tampinhas.NA MOSCAIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> Uma hora.ESPAÇO> Pátio ou quadra.MATERIAL> Um quadro de formas geométricas para cada seis crianças e bolas de meia. OBJETIVOS> Reconhecer figuras; treinar noções de direção; e trabalhar o desenvolvimento corporal. PREPARAÇÃO> Desenhe várias figuras (um triângulo rosa, um círculo amarelo etc.) em uma cartolina ou papel Kraft e coloque esse painel em algum lugar do pátio.Ao seu comando, uma criança de cada vez atira a bola de meia em direção a uma figura geométrica indicada no painel. Se ela acertar, tem o direito de continuar, seguindo um novo comando seu para acertar outra figura. A criança continua até errar.


O MELHOR CAMINHOIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> Variável.ESPAÇO> Sala de atividades e arredores da escola.MATERIAL> Pequeno mapa de quatro quarteirões próximos da escola e lápis para preencher outros pontos do mapa.OBJETIVOS> Dominar as relações com o espaço; representar e descrever de forma ordenada o mundo em que vivemos; aprender a se localizar e a interpretar informações matemáticas num plano; e reforçar noções de direita e esquerda e de frente e trás.Dê às crianças um mapa de quatro quarteirões dos arredores da escola, com a indicação de onde eles estão localizados. Depois, leve a turma para um passeio com o objetivo de explorar a região. Em grupos de quatro, os alunos devem representar os lugares mais significativos do percurso realizado (por exemplo: um clube, um supermercado, uma livraria, um rio). Em classe, eles comparam as posições dos lugares marcados pelos outros grupos. Se quiser, fotografe pontos de referência do caminho realizado com as crianças e peça que organizem as fotos na seqüência em que foram feitas. Elas devem contar quarteirões, observar quantas ruas precisaram atravessar para chegar ao destino e também prestar atenção no que está à direita e à esquerda. Numa segunda fase do trabalho, os alunos podem explicar com desenhos, para os colegas, outros trajetos, como o de sua casa até a escola. Este trabalho pode durar duas semanas.


COLEÇÃO DE FIGURINHASIDADE> 5 anos.TEMPO> Variável.ESPAÇO> Sala de atividades ou pátio.MATERIAL> Um álbum de figurinhas para cada grupo de quatro crianças e um para a sala toda, e uma versão ampliada da tabela de controle de figurinhas que aparece no final do álbum para afixar na sala.OBJETIVOS> Coletar, organizar e classificar dados em tabelas; ler e comparar números; adquirir noções de adição e subtração; contar; e resolver problemas.Combine um dia da semana para trabalhar com os álbuns. Nesse dia, cada um traz um ou dois pacotes de figurinhas que serão usadas para completar os álbuns dos grupos. As repetidas vão para o álbum da sala. Aproveite esse momento para apresentar questões e desafios aos alunos. Converse sobre quantas figurinhas foram colocadas em cada álbum ou quem conseguiu completar mais ou menos lacunase quantas foram. Pergunte se uma determinada figurinha foi colada em algum álbum, identificando-a pelo número, ou qual é o número da última figurinha do álbum. Lance problemas. 1) Sabendo que cada envelope tem três cromos e que no grupo A foram abertos oito envelopes, quantas figurinhas eles viram? 2) Quando o grupo abriu os envelopes, percebeu que em um deles havia dois cromos repetidos e em três envelopes todos eram repetidos. Dos cromos vistos pelo grupo, quantos eles puderam colar no álbum?É importante estimular a criança a confrontar os erros, considerando-os como uma oportunidade de corrigir tentativas frustradas e não como algo ruim. Não é bom induzir a criança à resposta correta,porque ela precisa aprender a utilizar diversas estratégias para resolver um problema.


(MOVIMENTO) CORPO EM AÇÃONesta fase, os gestos começam a se submeter ao controle voluntário, e a coordenação e o equilíbrio melhoram. Além de aperfeiçoar as habilidades e oferecer novos desafios, as atividades propostas podem integrar o aprendizado sensóriomotor com o desenvolvimento simbólico e cognitivo da criança e sua socialização. SUZEL TUNESCONSULTORIA: FERNANDA NEDOPETALSKI, DA ESCOLA QUINTAL, EM SÃO PAULO; MARIA PAULA ZURAWSKI, ELABORADORA DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL, DE SÃO PAULO; SIMONE M. DE ALCÂNTARA PINTO, DO INSTITUTO AVISA LÁ, EM SÃO PAULOCHUTE, ARREMESSO E TOQUEIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> De 15 a 30 minutos.ESPAÇO> Pátio.MATERIAL> Bola macia, peteca, raquete e disco ou vara.OBJETIVO> Desenvolver habilidades motoras básicas: deslocamento, equilíbrio, coordenação, noções de espaço, lateralidade e ritmo. Com o auxílio da bola, estimule as crianças a explorar diferentes movimentos. Primeiro, o de arremessar: com uma ou duas mãos, para trás, por baixo das pernas, de cima para baixo, de baixo para cima. Além da bola, podem-se utilizar outros objetos, como disco ou vara, que trabalham diversos esquemas motores no gesto de arremessar. Depois, os movimentos de chutar, quicar como no basquete (com a criança parada ou seguindo trajetos) ou rebater a bola com as mãos ou a peteca com uma raquete.

IMITANDO BICHOSIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> Variável.ESPAÇO> Sala de atividades, sala de vídeo, jardim ou zoológico.MATERIAL> TV, vídeos que mostrem animais da água, da terra e do ar em movimento (caso não seja possível realizar pesquisas in loco, num jardim, no zoológico ou num aquário, por exemplo),retalhos de tecido, pedaços de espuma, almofadas, aparelho de som e CDs com música instrumental.OBJETIVOS> Observar e reproduzir a forma de locomoção de diferentes animais; fazer comparações com o movimento humano; e ampliar a compreensão de si mesmo e do mundo.Ofereça às crianças sugestões de bichos cujos movimentos elas possam reproduzir. Isso deve ser feito com a exibição de vídeos ou levando-as a um local onde observem de perto, como no zoológico ou num parque. Organize sessões de criação e demonstração de movimentos. Por exemplo: “Como se move um animal pesado – um elefante ou hipopótamo?” “E um passarinho bem pequeno – um beija- flor?” Quando a criança compreende e tenta reproduzir os movimentos de outros seres, conhece as próprias potencialidades expressivas e valoriza a representação por meio de gestos. A turma pode usar retalhos de tecido e outros materiais para ajudar na composição do personagem, ampliando as possibilidades expressivas. Coloque uma música instrumental como fundo. Uma variação possível desta atividade é uma brincadeira de mímica: uma criança imita um animal para os colegas e o professor descobrirem qual é.


DANÇAS FOLCLÓRICASIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> Variável.ESPAÇO> Sala de atividades e pátio.MATERIAL> Fantasias e adereços relacionados à dança ou manifestação folclórica escolhida, CDs com as músicas pesquisadas e livros sobre danças. OBJETIVO> Aprender sobre danças ou outras manifestações folclóricas brasileiras, relacionando o trabalho com movimento a atividades de outras áreas do conhecimento.Inicie este projeto propondo às crianças uma pesquisa sobre danças ou manifestações folclóricas brasileiras, como maracatu, bumba-meu-boi, coco, samba, capoeira, festa junina etc. Depois, você ensina essas danças à turma. Compartilhe o produto final da pesquisa de várias maneiras: apresentações de dança, exposição de fotos e desenhos das crianças sobre manifestações culturais de regiões diferentes.

(LIMITES) MEUS ESPAÇOSNa fase pré-escolar, a palavra “limite” tem vários significados, que vão das potencialidades físicas da criança e sua atuação no grupo até a tolerância em relação à frustração e a aceitação das regras coletivas. É importante destacar que a noção de limite só é alcançada por meio do autoconhecimento e não pelos parâmetros alheios. O papel do adulto é dar condições para que a criança adote uma disciplina própria. O objetivo de um trabalho envolvendo o tema, portanto, é abrir caminho para que os pequenos se sintam seguros, observando e respeitando o campo de ação do outro. Em qualquer situação lúdica, podem ser trabalhados o conceito de limite.Cabe a você mediar as relações e as atitudes das crianças durante as brincadeiras. Quanto mais vivências você apresentar, mais elas se fortalecem diante dos próprios medos e frustrações. Por isso, ao fim de cada jogo, é interessante fazer uma avaliação em conjunto com a turma a respeito dos conflitos surgidos e dos resultados obtidos e planejar futuras adaptações.CONSULTORIA: ROSIMARI USSIFATI, DO COLÉGIO AUGUSTO LARANJA, EM SÃO PAULO.


CRAQUES NA ESTRATÉGIAIDADE> 5 anos.TEMPO> 30 minutos.ESPAÇO> Pátio ou sala de atividades.MATERIAL> Cartolina, lápis de cor ou giz de cera, tesoura e TNT verde e vermelho (para tabuleiro de mesa). Giz colorido, fita adesiva e camisetas verdes e vermelhas (para tabuleiro no chão).OBJETIVO> Desenvolver o senso de estratégia de acordo com as limitações do espaço físico, do tempo para agir, das regras do jogo e da capacidade alheia. PREPARAÇÃO> Primeiro, confeccione o tabuleiro. Desenhe na cartolina ou no chão do pátio sete círculos concêntricos, cortados por oito linhas que só não atravessam o círculo central (tipo as camadas da terra). Pinte o diagrama. Para as peças, recorte quatro círculos de TNT vermelho e sete de verde. Se o jogo for no chão, vista as crianças com camisetas dessas mesmas cores. O nome deste jogo é Ringo. Nele, jogam duas crianças ou dois grupos, cada um representando um time. As peças verdes são as atacantes e o objetivo delas é tomar a casa central do tabuleiro, chamada deFortaleza. As vermelhas são as defensoras, que devem impedir a meta das verdes. Ao todo, são 49 casas, sendo que as únicas três pintadas de amarelo são zona neutra, ou seja, nenhuma peça pode ser tomada pelo adversário nessas casas. Cada casa só pode ser ocupada por uma única peça. Disponha as sete atacantes nos espaços perto da borda do tabuleiro. O único espaço vago será a casa da zona amarela. Coloque as quatro defensoras nas casas ao redor do círculo central. As peças atacantes devem sempre se mover de fora para dentro do círculo, enquanto as defensoras podem andar tanto para a frente quanto para trás. Todas podem se movimentar lateralmente, desde que no mesmo círculo em que se encontram. Nenhum jogador pode passar a vez, ou seja, o movimento é obrigatório sempre. Para tomar uma peça, deve-se saltar sobre a mesma e cair na casa imediatamente posterior (vazia), como no jogo de damas. Mais de uma peça pode ser tomada na mesma jogada, também como na dama.
Mais de uma peça pode ser tomada na mesma jogada, também como na dama. As defensoras podem tomar peças em qualquer sentido do tabuleiro. Se o atacante conseguir chegar à Fortaleza com apenas uma peça, ela ainda pode ser tomada pelas defensoras, que devem agir da mesma maneira: saltando sobre ela e caindo na próxima casa vazia. Ou seja, as atacantes só vencem o jogo quando conseguem colocar duas peças no círculo central. Já as defensoras vencem quando tomam seis peças das atacantes ou impossibilitam por completo o movimento delas.



PARA FALAR DE EMOÇÕESIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> De 20 a 25 minutos.ESPAÇO> Sala de atividades ou biblioteca.MATERIAL> Livros ou vídeos com temas relacionados ao respeito às diferenças e à expressão dos sentimentos. Sugestões de livros: Diversidade (Tatiana Belinky, Ed. Quinteto); O Leão que Rugia Flores (Mônica Stahel, Ed. Martins Fontes); Bom Dia, Todas as Cores! (Ruth Rocha, Ed. Quinteto). Sugestão de vídeo: Por Que Precisamos Uns dos Outros (Didak).OBJETIVOS> Desenvolver a capacidade de auto-regulação de conhecimento das potencialidades corporais e de uso do corpo na expressão de emoções; e aprimorar a percepção de si como parte de um todo (família, escola etc.).Informe às crianças que será apresentado o vídeo Por Que Precisamos Uns dos Outros. Esse filme mostra um grupo de animais que não quer se juntar a outro porque eles falam e têm aparência diferente da deles. Porém, os “diferentes” são salvos de uma enchente graças a essas outras características. Após a sessão, proponha a comparação do enredo com a situação escolar, apontando como os integrantes da turma podem auxiliar uns aos outros. Exemplo: aquele que sabe pintar melhor ajuda o amigo que sabe recortar bem, que vai ajudar o primeiro.


(MUSICA) VIAGEM PELOS SONSAs crianças aprendem a ouvir e diferenciar sons, ritmos e volume e percebem que um som pode ser grave ou agudo, curto ou longo, forte ou suave.A iniciação musical mantém uma forte relação com o brincar. Nesse aprendizado, os pequenos exercitam também habilidades que serão úteis nos anos seguintes, como a métrica e as noções de rima e ritmo.HELENA FRUETCONSULTORIA: TÂNIA CAMPOS REZENDE, DO JACARANDÁ BERÇÁRIO E EDUCAÇÃO INFANTIL, EM SÃO PAULO; E TECA ALENCAR DE BRITO, DA ESCOLA OFICINA DE MÚSICA, EM SÃO PAULOCOMO ESTÁ FICAIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> De 30 a 45 minutos.ESPAÇO> Sala de atividades, pátio ou jardim.MATERIAL> Um aparelho de som e fitas cassete ou CDs variados.OBJETIVO> Descobrir o contraste entre som e silêncio.Você fica no controle do aparelho de som. Enquanto a música toca, as crianças devem caminhar ou dançar – pode ser ou não no ritmo. Quando a música pára, elas também param imediatamente do jeito que estão e ficam sem se mexer até a música recomeçar.


UMA BANDA DE SUCATAIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> De 30 a 45 minutos.ESPAÇO> Sala de atividades, pátio ou jardim.MATERIAL> Sucata e objetos recicláveis (como latas, papelão, caixas, embalagens e palitos de sorvete), grãos, bexigas, conchas, pedrinhas, elásticos, cola, tesoura e fita adesiva.OBJETIVOS> Experimentar a produção de sons; conhecer o funcionamento de instrumentos musicais; e exercitar a criatividade.A aula de artes se mistura à de música nesta atividade. A idéia é trabalhar à vontade com sucata. Estimule a criança a criar um instrumento ou a fazer uma nova versão de um que já existe, utilizando o material disponível. Uma latinha cheia de grãos vira um chocalho; tampas de plástico e embalagens de ovos, quando tocadas com uma varinha, produzem o som de uma bateria; um cesto de lixo de pontacabeça vira um tambor; um pedaço de papelão ondulado se transforma em um reco-reco... Outra opção é o tambor de bexiga, feito com uma lata vazia. Cubra a boca da lata com um pedaço de bexiga e prenda-a com um elástico. Latas de diferentes formas e tamanhos produzem sons diferentes.

NO AR A RADIO NOVELAIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> De 30 a 45 minutos.ESPAÇO> Sala de atividades, pátio ou jardim.MATERIAL> Um gravador, cascas de coco, apitos, papelão e papel celofane.OBJETIVO> Descobrir os efeitos sonoros de alguns materiais e como reproduzi-los.Transformar o texto de um livro em uma história narrada pelo rádio, como uma radionovela, é uma proposta interessante para fazer a turma pesquisar e reproduzir sons. Numa primeira atividade, conte uma história e proponha que ela seja dramatizada por meio de sons. Planeje com a garotada quais ruídos serão reproduzidos e como isso será feito. Alguns exemplos de sons que os pequenos podem ser estimulados a criar: toque do telefone, tique-taque do relógio, galo ou pássaros cantando, barulho do mar. Com objetos, eles vão imitar sons como o trote de cavalos (batendo cascas de coco), crepitar do fogo (amassando papel celofane), abrir garrafa com rolha (fazendo o som com o dedo na boca) etc. Numa segunda atividade, é hora de recontar a história com sons. A atividade pode ser feita ao vivo ou registrada com um gravador.TODOS VIRAM MÚSICOSIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> De 30 a 45 minutos.ESPAÇO> Sala de atividades, pátio ou jardim.MATERIAL> Tambores, chocalhos, xilofones, triângulos, reco-recos, instrumentos de sopro e de cordas etc.OBJETIVOS> Explorar sons e descobrir instrumentos musicais. Nessa idade, é mais importante estimular a pesquisa sobre a produção de sons do que ensinar a tocar um instrumento. Providencie alguns instrumentos musicais ou peça à turma que traga de casa.Distribua-os entre as crianças e deixe-as livres para explorar todas as potencialidades sonoras.


(NATUREZA E SOCIEDADE) PESQUISA DE CAMPOPor volta dos 4 anos, as crianças começam com os mais variados tipos de questionamento sobre o mundo à sua volta. A escola precisa responder a essas inquietações colaborando para que a curiosidade se torne ainda mais aguçada. O estudo de temas sobre natureza e sociedade na Educação Infantil deve enfatizar a aproximação da turma com a investigação, como formulação de perguntas e explicações sobre o assunto estudado; utilização de diferentes fontes para buscar informação; visita a locais como bibliotecas e museus; leitura e interpretação de registros visuais (desenhos, fotografias) etc.CONSULTORIA: ADRIANA KLISYS, DA CALEIDOSCÓPIO BRINCADEIRA E ARTE, EM SÃO PAULO; E DORA DOS SANTOS, DO COLÉGIO AUGUSTO LARANJA, EM SÃO PAULO


LIVRO GIGANTEIDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> Variável.ESPAÇO> Sala de atividades e pátio.MATERIAL> O Livro do Papel, de Ruth Rocha e Otávio Roth (Ed. Melhoramentos), cola, tesoura, papel cartão ou papelão, papel reciclado, areia, terra, pedrinhas, galhos e folhas, carvão, palitos de dente, de sorvete e de churrasco, corda, jornal etc. OBJETIVOS> Entender a importância do meio ambiente; observar a natureza; e mudar o olhar para o mundo. Leia para a turma O Livro do Papel, que conta a história do papel. Deixe todos observarem livremente as ilustrações do livro verificando como foram feitas e com que materiais. Proponha a confecção de uma reprodução da obra, em tamanho gigante e com material em alto-relevo. Convide os alunos para um passeio, em que possam recolher galhos, folhas, pedrinhas etc. Na hora de montar a edição, pode-se optar por papel cartão ou papelão com cerca de 1 metro de altura por 50 centímetros de largura, que serão as folhas do livro. Faça o papel reciclado (ver instruções abaixo) com os alunos, recorte algumas folhas no tamanho A3 e cole-as em cada página. Essas folhas vão ser a base de sustentação dos outros elementos que farão parte da história. Sobre o papel reciclado, as crianças devem reproduzir as ilustrações do original, porém apenas com os materiais que coletaram na escola. O resultado será um livro gigante só com objetos reaproveitados e em alto-relevo, que deverá ser guardado na biblioteca ou em alguma sala, de modo a preservar ao máximo sua vida útil. Este trabalho, se realizado um pouco todos os dias, dura uma semana.RECEITA DO PAPEL RECICLADORasgue jornais, revistas e outros papéis em pedaços não muito grandes e coloque em um balde. Derrame água quente sobre eles e deixe amolecer por uma noite. No dia seguinte, retire o excesso de água do papel e bata no liquidificador com três colheres de sopa de cola branca e algumas gotas de anilina de qualquer cor. Aperte a massa com as mãos e passe na peneira para retirar toda a água. Coloque a massa para secar ao sol, esticando-a com as mãos até obter o tamanho, formato e espessura desejados. Depois de seca, recorte as folhas.



MOTORISTA NOTA 10IDADE> A partir de 4 anos.TEMPO> 20 minutos.ESPAÇO> Sala de atividades ou pátio.MATERIAL> Cartolina, caixas de papelão, carrinhos de brinquedo, sucata, canetas hidrocor, fitas adesivas coloridas e apito. OBJETIVO> Ganhar noções de respeito às regras de trânsito.Proponha a confecção de uma maquete que mostre o que acontece no trânsito. Nela haverá ruas, calçadas, placas de sinalização, semáforos, faixas de pedestre, postos de gasolina etc. Cada criança transita com seu carrinho de brinquedo e uma delas (ou você) será o guarda, para orientar os demais. A garotada deve imitar cenas da vida adulta, como circular apenas em vias permitidas, parar no sinal vermelho, esperar o pedestre atravessar na faixa etc. Não é um jogo de estratégia, com foco na vitória, mas uma atividade lúdica. Se houver espaço na escola, a atividade pode ser realizada com carrinhos em que a garotada transite de verdade (foto na pág. ao lado).


MINI MUSEU DA MODAIDADE> 5 anos.TEMPO> Variável.ESPAÇO> Sala de atividades e outros espaços.MATERIAL> Painel, fotos antigas das crianças e de seus antepassados, imagens retratando a moda no Brasil, cabides, prateleiras, sapatos, chapéus e fichários ou pastas para guardar imagens.OBJETIVO> Compreender a idéia de transformação do vestuário ao longo do tempo. Peça às crianças que tragam fotos delas e de seus antepassados, além de roupas e acessórios antigos e atuais. Proponha que as crianças conversem com pessoas mais velhas sobre como eram as roupas na época delas, quem as confeccionava e onde eram compradas. Reserve um espaço na sala para receber esse material, com cabides para expor as roupas. Conforme o estudo avança, o painel pode ser ampliado com imagens da moda.

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